Não foi dessa vez que Carpinejar me fez chorar.
Considerando que o título do livro pode servir tanto ao leitor quanto ao autor, penso que ele sim deve ter chorado, e não precisou de muita ajuda, não.
Posso dizer que, em alguns momentos, Carpinejar me fez é refletir. As crônicas são bem escritas, contam um bocado sobre a vida, martelam bastante sobre uma (suposta) separação, mas sei lá, não fiquei com aquele sentimento de "que pena que acabei este livro". Talvez, digo 'talvez', eu não esteja na vibe para apreciá-lo do jeito certo.
Suas crônicas são cheias de verdade, isso é fato. Em uma delas, ele diz:
A deslealdade separa mais do que a infidelidade. A deslealdade é se trair por dentro.
Refletindo sobre as frases acima, penso que não só num relacionamento amoroso isso é verdadeiro. Em todo e qualquer tipo de relacionamento isso é uma verdade, e machuca igualmente. Quantos e quantos pseudo-amigos já me deixaram triste pela falta de 'lealdade'... coisas que você nunca esperaria que um amigo seu fizesse, e ele(a) vai lá e detona tudo, passa por cima de você e de seus achismos sem a menor cerimônia.
Não se pode ser amante, amigo, pai, mãe, irmão, sócio, seja lá o que for, sem lealdade. Não ter lealdade pelo seu par é o mesmo que não ter o mínimo de consideração por ele. É ser falso cem por cento do tempo, é estar ao lado somente por interesse, e nada mais.