terça-feira, 28 de abril de 2015

Evangeline

terça-feira, 28 de abril de 2015
Hoje, logo que o dia nasceu, presenciamos uma cena fantástica: uma fileira de camelos, cerca de cinquenta, seguindo um cocheiro do Quirguistão montado em um burro. Atravessavam um leito de rio seco na direção do deserto de Takla. Até mesmo o carreteiro parou para observar a cena. Os sinos em volta dos pescoços dos camelos emitiam um som melancólico, evocativo dos perigos da solidão e do isolamento, suponho. (...) Lembro que Millicent dizia: "Quando o camelo é maltratado demais ele perde a vontade de viver, e simplesmente se deita no chão para morrer."

(S. Joinson in: Guia de uma ciclista em Kashgar)

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